Devido ao aumento do número de animais exóticos em Vila Nova de Gaia decidimos iniciar um serviço de especialidade para atender às suas dúvidas e melhorar a saúde do seu companheiro.

Tipos de Animais Exóticos

Antes de adquirir um animal exótico, é essencial que se informe acerca dos cuidados que esse animal exige. ​Cada espécie tem características próprias e condições particulares de alimentação e habitat que deve ter em consideração. O sucesso no cumprimento das suas necessidades fisiológicas é o fator mais importante na prevenção de doenças.

  • Coelhos
  • Porquinhos da índia
  • Psitacídeos (periquitos, caturras, papagaios, catatuas, ring necks, agapornis, …)
  • Mini Pigs
  • Cabras Anãs
  • Tartarugas
  • Dragões barbudos
  • Cobras

Coelhos e Roedores

Os coelhos são animais de estimação muito populares em Portugal pela sua aparência adorável e grande companheirismo. Os roedores também já marcam presença nos lares portugueses e dentro deste grande grupo incluímos animais como os porquinhos-da-Índia, as chinchilas, as ratazanas e ratinhos, os hamsters, os degus, os gerbilos e os cães-da-pradaria.

Os coelhos e roedores mascaram os sinais de doença. Por esta razão, qualquer desvio do comportamento normal do seu animal em casa é motivo de atendimento veterinário, pois pode significar um sinal inicial de doença.

Embora com diferenças entre eles, os coelhos e roedores possuem dentes de crescimento contínuo e que necessitam de desgaste através do fornecimento de uma alimentação correta. A instalação e organização da gaiola também é fulcral no bem-estar destes animais. Contacte-nos para obter mais recomendações para uma alimentação e alojamento adequados para o seu animal.

Em termos de cuidados veterinários e medicina preventiva:

  • todos os coelhos e roedores devem receber um check-up semestral, que inclui um exame físico e análise microscópica das fezes;
  • vacinação: a partir das 5 semanas de idade, os coelhos devem ser vacinados contra a mixomatose e a doença vírica hemorrágica (tipos I e II). A revacinação é anual;
  • desparasitação: deve ser feita mediante aconselhamento veterinário. A colocação de desparasitantes externos deve ser sempre consultada por um veterinário pois alguns dos produtos comercializados para cães e gatos são tóxicos nestes animais!
  • esterilização: é recomendada a partir da puberdade. Este procedimento permite evitar comportamentos indesejáveis (como micções inapropriadas ou agressividade) e doenças do sistema reprodutivo, muito comuns em animais mais velhos.

Furões

Os furões são pequenos carnívoros muito brincalhões e com personalidades encantadoras, o que faz deles ótimos animais de estimação. Em casa podem ser mantidos em gaiolas, desde que lhes seja permitido explorar frequentemente o resto da casa. Estes momentos exigem vigilância, visto que a sua curiosidade faz com que tendam a ingerir vários tipos de materiais e a entrar em sítios de difícil acesso. As gaiolas devem ser de grandes dimensões e devem estar instaladas de forma a que o furão não consiga escapar. A alimentação deve ser uma ração comercial de furão. Não devem, sob qualquer circunstância, conviver com roedores ou coelhos. 

Em relação aos cuidados veterinários e medicina preventiva:

  • recomenda-se um check-up semestral do seu furão para realização de exame físico e análise microscópica das fezes;
  • obrigatoriedade legal: os furões devem ser inoculados com um microchip até aos 4 meses de idade com registo na plataforma nacional SIAC. Devem ser vacinados contra a raiva a partir dos 3 meses de idade (vacina obrigatória em território nacional), com reforço a cada 3 anos;
  • vacinação: devem ser vacinados contra a esgana a partir das 8 semanas de idade, com um a dois reforços em intervalos de 2 a 4 semanas;
  • desparasitação: deve ser feita mediante aconselhamento veterinário;
  • esterilização: a esterilização hormonal (não cirúrgica) do seu furão, no primeiro ano de idade, é de extrema importância para prevenir doenças reprodutivas. Este procedimento é feito através da colocação de implante hormonal subcutâneo no primeiro ano de idade, com recolocação a cada 2 anos.

Outros Mamíferos

Existe uma grande variedade de espécies mantidas como animal de estimação, como os porcos vietnamitas, as cabras anãs, os ouriços pigmeus africanos e os petauros-do-açúcar. Estes animais também necessitam de cuidados rigorosos em casa e de visitas regulares ao veterinário para check-up, vacinação e desparasitação (se aplicável). Contacte-nos para obter mais informações relativas ao maneio destes animais. 

Aves

A tradição de manter e/ou criar aves nas casas portuguesas é antiga. Entre as diferentes aves existe uma grande diversidade no que toca às suas necessidades de espaço, alimentação e companheiros. Algumas das espécies preferidas pelos portugueses incluem passeriformes (canários, mandarins, diamantes-de-gould), psitacídeos (periquitos, agapórnis, caturras, papagaios cinzentos africanos, amazonas, catatuas, papagaios-do-senegal), galinhas, patos, gansos e pombos.

A alimentação, o espaço e decoração da gaiola e a interação social adequada são fatores cruciais para o bem-estar da ave. As aves são animais que sofrem muito com o stress, a manipulação inadequada e o aborrecimento. É importante reconhecer os sinais de doença, nomeadamente:

  • apatia;
  • alterações no apetite e nos dejetos;
  • alterações nos movimentos respiratórios ou postura geral;
  • secreções anormais nos olhos, narinas ou boca;
  • alterações nas penas;
  • alterações das interações com os tutores e companheiros.

Recomendamos um check-up semestral da sua ave para exame físico, análise de fezes e aconselhamento. Se possível, deve trazê-la na gaiola que usa em casa e sem limpeza prévia. A aplicação de produtos como vitaminas ou desparasitantes deve ser feita mediante aconselhamento veterinário.

Répteis

Existem muitas espécies diferentes de répteis nos lares portugueses, desde as populares tartarugas semi-aquáticas aos dragões-barbudos, geckos, tartarugas terrestres, iguanas, camaleões e cobras. São animais que devem viver em ambientes que imitem o mais fielmente os seus habitats naturais. O surgimento de doenças nos répteis ocorre sobretudo por um maneio incorreto. Antes da aquisição destes animais, recomendamos aconselhamento veterinário e um estudo cuidadoso das necessidades a cumprir, nomeadamente equipamentos a adquirir, alimentação e suplementos.

A manifestação de doenças nos répteis pode não ser evidente para um tutor inexperiente. Alguns sinais de alerta incluem:

  • apatia extrema e perda de apetite;
  • alterações no aspeto dos dejetos;
  • secreções anormais nos olhos, ouvidos, nariz ou boca;
  • alterações do aspeto das escamas ou retenção das mesmas;
  • alterações da consistência da carapaça ou dos ossos.

Recomendamos um check-up semestral para exame físico, análise de fezes e aconselhamento. Os suplementos e vitaminas a utilizar devem ser recomendados por um veterinário.